Um dos trabalhos desenvolvidos por nossa equipe é a adequação de máquinas e equipamentos de acordo com a NR-12. Esta norma, criada pelo Ministério do Trabalho em 1978, é que define as medidas de proteção para as equipes que utilizam prensas, injetoras e outras máquinas para as mais diversas atividades industriais.
Foi a partir da NR-12 que se estabeleceram os requisitos mínimos para a prevenção de acidentes na construção, transporte, montagem, instalação, ajuste, operação, limpeza, manutenção, inspeção, desativação e desmonte de máquinas e equipamentos.
Para que o trabalho de adequação de um equipamento seja realizado com sucesso, é fundamental a elaboração de um planejamento do trabalho a ser executado. Para isso, utilizamos ferramentas de estimativas de riscos, o que nos ajuda a definir a complexidade do sistema de segurança que determinada máquina irá requerer.
O sistema de categorização de equipamentos.
Cada atividade e equipamento utilizado na indústria envolve perigos e determinadas probabilidades de ocorrência de acidentes. Para avaliar quais são eles, utilizamos as ferramentas de estimativa de riscos. Uma das normas utilizadas como base para esta metodologia é a NBR ISO 12100, que aborda a segurança de máquinas e equipamentos, a apreciação e a importância da redução de acidentes nas indústrias.
Segundo esta norma, existem diversos métodos que podem ser aplicados na avaliação dos perigos associados a máquinas e equipamentos. Alguns dos métodos mais frequentemente utilizados são: a matriz, o valor de classificação de perigo (Hazard Rating Number) e a categoria de risco.
Matriz de risco
A matriz é responsável por qualificar o perigo ao qual a equipe ou funcionário estará exposto. Este método é baseado na definição do risco (uma combinação da probabilidade e do grau de possível lesão ou dano à saúde) e o princípio das curvas isométricas. Estas curvas definem que o perigo se mantém constante em cada curva, mesmo se a relação entre gravidade e probabilidade mudar.
Assim, de acordo com a probabilidade x gravidade, temos três situações: aceitável, provisoriamente aceitável e não aceitável. A partir disso, a matriz nos dá uma visão melhor da situação levando sempre em conta a gravidade do dano ao trabalhador (que pode ser catastrófico, grave, moderado e leve) e a probabilidade de ocorrência (muito provável, provável, pouco provável ou remoto).
Com base na matriz podemos fazer uma classificação, como abaixo:
Probabilidade de ocorrência do dano
Muito provável - quase certeza de ocorrer.
Provável - pode ocorrer.
Improvável - não é provável que ocorra.
Remoto - tão improvável, que é quase impossível.
Gravidade do dano
Catastrófico - morte, lesão permanente ou doença (incapacita o retorno ao trabalho).
Sério - lesão ou doença gravemente debilitante.
Moderado - lesão ou doença significante que requer cuidados além dos primeiros socorros (permite o retorno à mesma tarefa).
Leve - sem lesão ou lesão leve que não requer mais que os primeiros socorros (pequena ou nenhuma perda de tempo).
Valor de classificação de perigo (Hazard Rating Number)
O HRN é um método que serve para quantificar o risco. Primeiro, com base nas medidas de segurança existentes atualmente na empresa e, depois, fazendo um comparativo com as medidas implantadas. Assim, podemos ter as seguintes classificações: desprezível; baixo, porém significativo; alto ou inaceitável.
Para isso, o HRN utiliza fatores como a probabilidade de ocorrência de um trabalhador entrar em contato com o perigo, a frequência de exposição, o grau de severidade de dano e o número de pessoas expostas a esta ameaça.
Definição da categoria de risco
A categorização qualifica o risco e o equipamento como um todo. Além disso, é essa ferramenta que vai dar as diretrizes do nível de adequação de segurança necessário ao dispositivo.
Além da NBR ISO 12100, estabelecemos a categoria de risco de uma máquina de acordo com a NBR 14153, que avalia os sistemas de segurança dos equipamentos. Assim, o desempenho, com relação à ocorrência de defeitos de uma parte de um sistema de comando, é dividido em cinco categorias (B, 1, 2, 3 e 4).
A categoria selecionada dependerá da máquina e da extensão a que os meios de comando são utilizados para medidas de proteção. Isso é fundamental para avaliar a severidade do ferimento (leve ou grave; reversível ou irreversível); a frequência e tempo de exposição (rara, pequena, frequente, contínua ou longa exposição); e a possibilidade de evitar o perigo (possível, sob determinas condições ou pouco possível).
Se você tem interesse em saber mais sobre como trabalhamos com a adaptação de máquinas de acordo com a NR-12, não deixe de entrar em contato!