Quando o assunto é automação industrial, um dos dispositivos mais importantes para que seja possível qualquer aperfeiçoamento ou mudança no processo industrial é o CLP – Controlador Lógico Programável, também conhecido como PLC – Programmable Logic Controller. Trata-se de um computador mais que especial, responsável por automatizar máquinas e processos industriais.
Para que você entenda melhor sobre o funcionamento do CLP, não deixe de ler o artigo completo, preparado pela equipe da Siembra!
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define o CLP como “um equipamento eletrônico digital com hardware e software compatíveis com as aplicações industriais”.
O CLP conta com uma estrutura parecida com um computador comum: um processador ou CPU (Central Processing Unit), memória para leitura e gravação (memória RAM), memória de leitura (ROM) e portas de comunicação (COMs).
A principal diferença é que o CLP é projetado para atuar em diversos ambientes de uma indústria, suportando sujeira e poeira, altas temperatura, ruídos e vibrações. Este equipamento é bastante flexível e possibilita interface com outros dispositivos da fábrica. Isso tudo para executar os processos e programações pré-determinados para o bom funcionamento da indústria, ou seja, um equipamento que possui hardware e software ajustados para melhorar o desempenho de atividades industriais.
Entre as vantagens de usar um CLP estão:
- Redução do tempo de resposta das máquinas e equipamentos;
- Eficiência produtiva;
- Maior competitividade industrial.
Como surgiu o CLP?
O CLP surgiu no início da década de 70 como uma necessidade da indústria automobilística devido a problemas relacionados à linha de produção. Não era fácil reformular a mesma linha (com diversos painéis e comandos) para produzir diferentes modelos de veículos, além do grande custo relacionado à estas mudanças.
Então, Ricahrd Morley, em parceria com um grupo de engenheiros da Bedford Associates, construiu o primeiro CLP por encomenda da General Motors. No início, a exigência feita foi por um equipamento flexível como o computador, de fácil programação e manutenção, resistente ao ambiente industrial (poluição, vibração, temperatura), de preço competitivo com sistemas de controle a relé. Assim, os primeiros CLPs apontaram e hoje estão presentes nos diferentes tipos de indústrias.
Partes do CLP
Este equipamento é composto por três partes principais: entradas, saídas e dispositivo de programação.
Entradas do CLP: recebem os sinais analógicos e digitais do sistema. As analógicas permitem a medição de sinais como tensão e corrente, enquanto as digitais atuam em duas variáveis (ligado ou desligado; 0 ou 1; aberto ou fechado), como exemplos das chaves fim de curso, uma botoeira e etc.
Saídas do CLP: também podem ser analógicas ou digitais e atuam como receptores de ordem, ou seja, como interface onde recebem a informação do CPU e enviam para o processo que deverá ser executado.
Dispositivo de programação: composto por CPU, processador e dispositivo que faz com que o CLP atue, uma espécie de “cérebro” do equipamento. Sua função é receber as informações das entradas, executar o programa e indicar para as saídas o que deve ser realizado. Para isso, conta com processador (que executa o programa) e memória.
Assim, os CLPs são responsáveis por diversas funções, entre elas: temporizadores, contadores, relé de pulso, controle aritmético, manipulação de dados e comunicação em rede.
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