FMEA: entenda o que é e suas vantagens

Quem trabalha no ambiente industrial pode já estar familiarizado com o termo FMEA. Agora, se você ainda não conhece, precisa ficar por dentro e entender as vantagens dessa ferramenta. O FMEA, Failure Mode and Effect Analysis, que no português significa Análise de Modos de Falhas e Efeitos, é uma metodologia de projeção e análise de causas e efeitos de potenciais não conformidades em processos industriais, produtos e equipamentos.

O objetivo do FMEA é fornecer uma abordagem sistemática, identificando para onde as ações precisam ser direcionadas a fim de reduzir o risco de erros e garantir que as causas de falha de um produto ou processo sejam corrigidas antecipadamente. Assim, trata-se de uma importante ferramenta na identificação das falhas e de ações de melhoria.

O uso deste recurso teve início em operações militares no final dos anos 40 e, desde então, serve para avaliar a confiabilidade de sistemas e processos, além de erros potenciais em equipamentos. Para isso, o FMEA identifica, delimita e descreve, através da projeção de modos de falhas, potenciais não conformidades que podem ocorrer na cadeia industrial, incluindo seus efeitos e suas possíveis causas, a fim de definir ações de correção antecipadas.

Quando processos começam a apresentar falhas, pode haver comprometimento da qualidade do produto ou do serviço e, até mesmo, da segurança dos colaboradores e do consumidor final. Mas como é possível corrigir e evitar que isso ocorra? Leia a seguir!

 

Quais os tipos de análise de falhas?

O modo de falha é composto por três elementos: o efeito, a causa e a detecção. O efeito é a consequência que a falha pode causar ao cliente; a causa é a razão da ocorrência e, por fim, a detecção é a forma utilizada no controle do processo para evitar as falhas potenciais. Tudo isso precisa ser bem examinado e verificado a fim de que possam ser tomadas as decisões para a correção no processo industrial.

Por isso, a análise de falha deve ser avaliada sob dois principais aspectos:

FMEA de produto: relacionado às falhas que poderão ocorrer no produto, que saem do padrão e das especificações definidas em um projeto.

FMEA de processo: aplicado às falhas que poderão ocorrer no processo desde o seu planejamento, levando-se em consideração as não conformidades apresentadas no produto.

Mas, também pode se levar a metodologia para análise de outros aspectos como FMEA de Sistema (foca nas funções globais de sistemas), FMEA de serviço (foca em processos de manufatura e montagem) e FMEA de software (em funções de software).

 

Quais as vantagens do FMEA

A aplicação da análise de modos de falha e seus efeitos apresenta inúmeras vantagens para a melhoria dos processos e produtos de uma indústria. Destacamos 4 vantagens, veja:

1 - Reduz as falhas: por atuar com uma medida preventiva, o FMEA, possibilita a diminuição da frequência ou até mesmo a eliminação dessas falhas. Os produtos e processos, consequentemente, tornam-se mais assertivos, com foco sempre na qualidade.

2 - Gera economia: a diminuição de falhas em um processo de fabricação de uma indústria está relacionada diretamente à redução de matéria-prima utilizada na produção, evitando o desperdício e os custos extras para a empresa.

3 - Aumenta a qualidade e confiabilidade do produto final: o produto dificilmente terá um problema de fabricação e chegará com qualidade para o consumidor, gerando satisfação do cliente e confiança na marca.

4 - Garante mais qualidade nos novos processos: ao diminuir a probabilidade de falhas potenciais (que ainda não tenham ocorrido), o FMEA reduz também a probabilidade da ocorrência de falhas em novos projetos de produtos e nos processos.

 

Passo a passo para a criação do FMEA

A utilização da ferramenta passa pelos seguintes passos:

Passo 1: Definir o processo que será analisado.

Passo 2: Definir a equipe.

Passo 3: Determinação dos modos de falha. Para isso, são levantadas as falhas que podem ter um processo a partir de dados provenientes do campo.

Passo 4: Identificar seus efeitos.

Passo 5: Identificar sua causa principal e outras causas.

Passo 6: Priorizar as falhas através do nível de risco (RPN - Risk Priority Number). Trata-se de um indicador do risco calculado que fica associado ao modo de falha. O valor do risco (RPN) é um múltiplo de três variáveis: severidade da falha (gravidade/ impacto), ocorrência da falha (frequência) e probabilidade de detecção da falha. Usualmente é montada uma tabela muito parecida com essa abaixo:

Os três números obtidos deverão ser multiplicados para gerar o RPN, que se torna o valor prioritário, aquele que classifica os modos de falha. Isto quer dizer que, quanto maior o número, mais crítica é a falha e mais rápida uma ação deverá ser tomada para evitá-la.

Passo 7: Agir através de ações preventivas definidas (Planos de Ação).

Assim, elabora-se um documento FMEA que consiste em uma lista de componentes, funções ou serviços que podem falhar. Para cada um destes itens, são determinadas a ocorrência, os efeitos e os modos de falha para que então o risco inerente a falha possa ser calculado.

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